sexta-feira, 23 de novembro de 2007

AMAR DÓI?

Amar dói! Sem dúvida, a afirmação está muito generalizada, pois amar é bom e a dor é ruim. Por outro lado, devemos admitir que, amar dói porque exige muito da gente. Exige inclusive, que aprendamos a deixar-nos amar. Parece que este último é o mais difícil, pois não fazemos nenhum esforço, temos apenas que, consentir e acolher o amor do outro que quer nos invadir.

Mas parece que aí está o problema. Às vezes, entendemos o amor do outro, que quer amar do seu jeito, e que, geralmente, é muito diferente do nosso jeito, como uma ruptura de nossa intimidade. E na verdade, é isso mesmo. O amor do outro, desconcentra, chateia, incomoda, faz tudo isso e muito mais, pelo simples fato de que temos medo do que possa acontecer se nos deixarmos invadir por alguém.

Por mais que queiramos alguém, por mais que amemos, parece sempre difícil dar o passo de abrir-se para que o outro nos ame com o seu modo de amar.

Mas não podemos nos cegar, a ponto de não perceber os amores que nos rodeiam. Que não estejamos insensíveis para SENTIR a dor invasora do amor de tanta gente que nos quer muito. E essa dor invasora tem uma importância em nossa vida que, talvez, não nos demos conta. Ela está aí para que percebamos e SINTAMOS que não estamos sós, e que somos muito amados.

Uma vez percebido isso, percebido não, SENTIDO esse amor, aí sim poderemos aceitar as perdas dos “outros amores”. Isso porque não existe uma fórmula para aceitar. E a "fórmula" não existe porque, embora tivesse uma, ela só iria servir para cada pessoa. Cada uma com sua particularidade. Pois para esse danado sentimento que se chama Amor, compete a cada um de nós desenvolvermos nosso conhecimento sobre ele e o modo como absorvê-lo e conviver com ele. Caso contrário, a perda de um amor, pode parecer a perda DO amor. E isso seria terrível.

Independente da relação, nós devemos perceber que esse amor que nos invade de várias formas, seja com esposa (o), namorada (o), amigos, família, mesmo sendo difícil, é algo bom.

Mas parece que o sentimento não é estático, é algo dinâmico, porque a Vida é dinâmica. E o sentimento é uma expressão da vida em nós. E por ser assim, ele se transforma. Às vezes é mais intenso e menos intenso, mas nunca deixa de ser sentimento. Por algum motivo, ele se transforma, mas nunca se acaba. A questão é que para estar com alguém, unidos por um sentimento em comum, necessita que a partilha seja equivalente, caso contrario seria muito difícil continuar.

Mas quer saber? Não fuja dessa dor, não deixe de chorar, não deixe de pedir ajuda a um amigo. E não queira esquecer esse amor. Porque realmente não tem que esquecê-lo. Antes o contrario, pois a pessoa que você era antes de amar, não é a mesma de agora. Isso significa que, o amor também te deu muito.

Se for possível resumir tudo isso, eu diria: Viva esse momento com intensidade, e não tenha medo dessa dor terrível (ela é uma merda mesmo, mas você sobreviverá!).

3 comentários:

chiquinho disse...

Bah Dan... tu escreve bem bagaray! Mas posso contestar cada palavra desse texto com situações reais. Entre muitas coisas mr vieram a cabeça: Você percebeu q o texto só fala em sacrifícios em nome da "honra" de ter um "amor".. Nunca entendi isso. Muita gente ja me disse que para amar/namorar/casar é preciso "saber abrir mão" de várias coisas, "cederem algumas coisas que vc gosta"..Mas ué.. se esse sentimento é tão maravilhoso.. pq só temos q fazer coisas ruins e chatas quando "inevitavelmente" como todos dizem amamos alguém????? Todo o submundo dizendo q to errado a seguir:

Danilo Maia disse...

Bom, como você bem sabe, eu não digo que está errado, apenas é radical demais!!!


rsrsrsrsrsrs...

Nanda Soares® disse...

Dil, como sempre muito bom o texto e bem escrito!

*************************************
Didi
Vc não está errado, como disse o Dil, vc está sendo radical, como sempre, qud tratamos desse assunto.

E na boa, podemos falar melhor sobre no msn, em vez de fazer isso aqui uma guerra ou algo do genero tb!